Na 6ª edição, Mulheres de Luta homenageia lideranças femininas, em Santa Maria

Em uma solenidade marcada pela emoção e pela valorização do empoderamento feminino, 55 mulheres de diferentes setores da sociedade foram agraciadas, na noite de sábado (23/3), em Santa Maria, com o Prêmio Mulheres de Luta 2024. O “Mulheres de Luta” é uma iniciativa criada pelo mandato do deputado estadual Valdeci Oliveira em 2017 e que chegou a sua 6ª edição neste ano.

Divididas por suas respectivas áreas de atuação, as homenageadas (ver lista abaixo) receberam o certificado do Prêmio das mãos do deputado Valdeci, que, na abertura da cerimônia, destacou a dificuldade que a comissão organizadora teve em fazer a escolha das lideranças. “Teríamos muito mais mulheres a homenagear e a destacar. Mas o grupo que está aqui simboliza muito a trajetória determinada das mulheres em avançar, em construir, em ocupar espaços e em quebrar tabus e preconceitos”, enalteceu ele.

A primeira mulher a ser distinguida foi a senhora Maria Medora de Souza, de 102 anos de idade. A vice-reitora da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Martha Adaime, a coordenadora da Associação Ará Dudu, Carmen Lucia Coelho Chaves (Baiana) e a empresária e farmacêutica Marister Rigon manifestaram-se em nome das premiadas. “Todas as homenageadas que estão aqui hoje têm enfrentamentos quase que diários contra o machismo, mas esse a gente conhece, esse a gente sabe como lidar. Mas o pior é a falta de sororidade, é o que vem do próprio feminino. Isso nos machuca muito. Nós precisamos ter muito mais sororidade, e não uma sororidade seletiva”, afirmou Martha.

“A minha trajetória foi forjada na luta contra o racismo. A gente não luta para ser melhor do que ninguém. A gente luta para ter a nossa liberdade e os nossos direitos reconhecidos. A Associação Ará Dudu faz isso permanentemente”, destacou Baiana, que, na sua fala, resgatou a importância do ativista negro Nei D´Ogum, falecido em 2017, em Santa Maria.

“Aqui estão presentes muitas mulheres de luta, com histórias lindas. São guerreiras, são vitoriosas, são luzes no caminho de muita gente. Tenho muito orgulho de estar aqui representando minhas colegas empresárias”, afirmou Marister Rigon.

De Moçambique, na África, onde realiza uma missão religiosa, a irmã Lourdes Dill, que foi homenageada na primeira edição do Prêmio, enviou uma mensagem às mulheres, a qual foi lida pela apresentadora da cerimônia, a professora universitária e cantora Gisele Guimarães.

No encerramento do evento, Valdeci reforçou o seu compromisso do seu trabalho político com a luta das mulheres. “O reconhecimento às mulheres não pode ocorrer só em março. As mulheres têm que ser empoderadas sempre, e nós (homens) temos de respeitar. O machismo é uma violência, é uma desgraça. Políticas públicas contra o machismo e a favor das mulheres têm que ser fortalecidas sempre”, assinalou.

Entre os presentes na solenidade, estavam as vereadoras Helen Cabral (PT), Maria Rita Py Dutra (PCdoB) e Marina Callegaro (PT); os vereadores Valdir Oliveira (PT) e Werner Rempel (PCdoB); a Elaine Oliveira (esposa do Valdeci); o ex-prefeito José Haidar Farret e a sua esposa Clair Carvalho; a advogada Andreia Turna, que representou o ministro da Secretaria de Comunicação Social do governo federal, Paulo Pimenta; a policial rodoviária federal Ana Cristina Londe; a ex-vereadora Celita da Silva; a professora Valéria dos Santos;  a servidora dos Correios Maria de Lourdes Rodrigues; e a servidora pública municipal Valeska Huffel.