Valdeci cobra 580 dias sem a gestão do Hospital Regional

O deputado estadual Valdeci Oliveira (PT) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa, nesta terça (2), e cobrou a passagem de 580 dias sem definição sobre a instituição que vai gerir o Hospital Regional de Santa Maria.  Valdeci responsabilizou o governador José Ivo Sartori pela indefinição, que data desde o início do seu governo, em janeiro de 2015, e afirmou que enquanto o complexo do Regional está pronto, mas sem funcionar, o Hospital Universitário está com mais de 30 macas espalhadas pelos corredores. “É um desrespeito com a população de Santa Maria e da Região Central. A obra do Regional é bonita, imponente, mas, até o momento, é improdutiva, porque o Estado é incapaz de resolver a questão da gestão. Já fiz reuniões na Secretaria Estadual da Saude e na Casa Civil para cobrar definições”, reforçou ele.

No discurso do Grande Expediente da Assembleia, Valdeci alertou sobre a queda na aplicação de recursos na saúde pelo Palácio Piratini. “O Programa de Incentivo Estadual à Atenção Básica recebeu 57% menos recursos em 2015 do que em 2014. Já Santa Maria, conforme dados do Fundo Estadual, recebeu 26% menos recursos para a saúde de um ano para o outro. Isso representa um impacto negativo de quase R$ 2 milhões”, acrescentou.

O deputado também manifestou-se contra a postura do governo interino de Temer em relação à saúde e defendeu a saída do ministro da Saúde, Ricardo Barros, que em pouco tempo na função gerou crises com diversos segmentos do setor e se posicionou publicamente a favor da redução do SUS. “A demissão do ministro faria bem a saúde dos brasileiros e brasileiras”, disse Valdeci.

No final do seu discurso, ele divulgou o Manifesto em Defesa da Saúde Pública, proposto por ele e por diversas instituições do setor, que defende a retirada da PEC 241/2016, da PEC 143/2015 e da PEC 451/2014 da pauta do Congresso Nacional. “Essas propostas legislativas vão asfixiar o financiamento da saúde pública. Se as PECs passarem, vamos retroceder aos anos 70 e 80, onde só podia adoecer no Brasil quem tinha dinheiro no bolso.”, afirmou.