Dirigentes da Associação dos Técnicos Administrativos Públicos do RS (ASTAP) estiveram nesta quarta-feira (23) no Legislativo gaúcho para pedir o apoio da Assembleia Legislativa para uma pauta que consideram justa: salário digno. Na visita feita ao presidente da Assembleia, Valdeci Oliveira (PT), entre outras realizadas junto a gabinetes parlamentares, o grupo de servidores entregou um documento em que explicitam a real situação vivida por cerca de pouco mais de 400 trabalhadores e trabalhadoras que integram o chamado Quadro Geral do Estado. Conforme o ofício, esses servidores recebem como vencimento básico em torno R$ 800, o que gera a necessidade “de completivo por meio de parcela autônoma, de modo que o montante bruto a receber alcance, ao menos, o valor do salário mínimo”, destaca o texto.
“Tem colega que está vendendo bala em sinaleira. Muitos já chegaram à condição de insegurança alimentar”, alertou Thomaz Willian da Silva, presidente da entidade. De acordo com as cópias de alguns contracheques, o valor do vale-alimentação, que teve aumento de R$ 0,85 nos últimos 8 anos, alcança R$ 11 por dia de trabalho. “Parece que no governo sequer sabem da nossa existência”, acrescentou o dirigente.
“Não há dúvida de que estamos diante de uma situação muito séria. E atendendo à solicitação de vocês, levarei esses documentos na próxima reunião do Conselho do Estado, assim que for marcada, pois a presidência deste parlamento tem assento naquele colegiado”, assegurou Valdeci, acrescentando que o órgão não tem poder deliberativo e que qualquer movimentação do governo para alterar a realidade posta depende única e exclusivamente do Executivo gaúcho. “Mas faremos a nossa parte. E tenham toda a certeza de que as portas da presidência da ALRS estão e continuarão abertas”, completou.
Ao ofício entregue a Valdeci, os servidores anexaram um abaixo-assinado com 276 signatários, número superior a dois terços dos ativos da categoria, o que serviria para garantir a legitimidade, a mobilização e a representatividade da organização junto aos agentes administrativos. Para o grupo que esteve no Parlamento, resta a certeza que o momento é de penúria e se faz necessária a recomposição da matriz salarial, além da atualização do auxílio-alimentação