A falta de ações do governo do Estado para garantir a abertura do Hospital Regional, amenizar a superlotação do Hospital Universitário (HUSM) e contornar a possibilidade de suspensão de partos na Casa de Saúde são graves e podem não ser meras coincidências, avalia o deputado estadual Valdeci Oliveira. Para ele, o cenário existente no setor indica que a cidade e a Região Central podem estar sendo alvos de algum tipo de boicote. “Em geral, a saúde do Estado vai muito mal. Mas as poucas ações que são implementadas nessa área, seja as medidas próprias, seja as parcerias, são voltadas quase que exclusivamente para o eixo Porto Alegre-Caxias. Recentemente se divulgou uma notícia de que Porto Alegre em poucos meses vai receber um hospital de mais de 200 leitos. Aqui, na Região Central, não se abre hospital pronto e não se consegue sequer manter os serviços já existentes. Gostaria muito que alguma autoridade explicasse o porquê dessa diferença de tratamento”, lamentou Valdeci.
Para Valdeci, é inaceitável que a Secretaria Estadual da Saúde não mobilize suas equipes de forma urgente para priorizar a solução dos problemas que afetam uma região de quase um milhão de habitantes. “O governo do Estado trata a saúde de Santa Maria e da Região Central como a última das prioridades. A crise existente não incomoda nem um pouco as autoridades palacianas. Uma situação dessas exigia, no mínimo, a criação de uma força-tarefa ou de um gabinete de crise estadual. Mas hoje infelizmente sequer se sabe quem é o secretário estadual da Saúde, pois ele só aparece na mídia quando o assunto é ameno para a sua pasta”, disparou Valdeci.
Na próxima semana, o deputado vai denunciar essa situação à Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa e ao próprio presidente do Parlamento gaúcho. “O descaso com a saúde de Santa Maria diz respeito a todo Estado, pois se aqui os serviços continuarem não funcionamento, a demanda vai estourar em outras regiões”, assinalou. (texto: Tiago Machado – MTE 9415, foto: Assembleia Legislativa)