Membro titular da Comissão de Saúde e Meio Ambiente (CSMA) da Assembleia Legislativa, o deputado Valdeci Oliveira integrou o grupo de parlamentares que realizaram, na manhã desta quarta-feira (5), em Butiá, na Região Carbonífera do Estado, uma visita técnica em duas unidades da mineradora Copelmi. O objetivo foi conhecer o processo de extração de carvão mineral, além do aterro sanitário gerenciado pela Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos (CRVR).
Os parlamentares, que estiveram acompanhados por assessores e técnicos, além de profissionais de imprensa de diversos veículos da capital, colheram informações sobre os processos de extração, drenagem do terreno, recomposição ambiental e topográfica, transporte e beneficiamento do minério. Segundo representantes da Copelmi, o modelo, com exceção da barragem, será o mesmo a ser aplicado na Mina Guaíba, projeto em processo de licenciamento ambiental junto à Fundação Estadual de Proteção Ambiental e que, se aprovado, deve ser implantado entre os municípios de Eldorado do Sul e Charqueadas, cujas reservas devem permitir sua exploração por, no mínimo, 23 anos.
” Foi uma visita importante para que pudéssemos conhecer de perto as experiências de recuperação ambiental, manejo e de outros processos envolvidos na extração do carvão mineral utilizadas em Butiá. Logicamente é necessário detalhar melhor outras questões e ter todas as garantias relacionadas à saúde das pessoas que trabalham na exploração como das comunidades do entorno, além da segurança ambiental. Tendo transparência e ouvindo todas as posições a respeito do tema, acredito que possamos realizar um bom debate sobre o projeto”, afirmou Valdeci.
Em seguida, o grupo se deslocou até o município de Minas do Leão para conhecer in loco o aterro sanitário localizado em uma antiga cava de carvão. Segundo os técnicos presentes, a atividade, além de dar destino e tratamento corretos ao lixo (4 mil toneladas diárias, sendo 50% vindo de Porto Alegre), é capaz de gerar, a partir de uma usina biotérmica, 7,5 megawatt/hora de energia – que são disponibilizadas diretamente na rede de transmissão elétrica -, suficientes para abastecer uma cidade com 150 mil habitantes. Todo o processo é feito a partir da depuração e compressão dos gases oriundos do rejeito enterrado.