Implantado há apenas dois meses em Alegrete, o Programa Estadual de Policiamento Comunitário já apresenta números favoráveis no combate à criminalidade no município da Fronteira Oeste. Os resultados e os avanços do Programa foram debatidos nesta sexta (12), durante Seminário Regional realizado no Centro Administrativo Municipal. Promovido pelo deputado estadual Valdeci Oliveira (PT) e pelo vereador Zé Paulo (PT), o evento contou com a presença do secretário estadual da Segurança Pública, Airton Michels, do coordenador do Programa Estadual, Coronel Júlio Marobin, da vice-prefeita Preta Mulazzani, entre outras autoridades locais e de Rosário do Sul. “Para combater a criminalidade hoje é preciso inovar e ser criativo. Não há como garantir um policial em cada quarteirão de uma cidade. O Policiamento Comunitário dialoga com isso, aproxima a comunidade do policial e amplia a sensação de segurança”, defendeu o secretário Michels.
Ao explicar o funcionamento do Programa, o Cel. Marobin salientou que hoje 24 cidades já aderiram ao projeto a partir de convênios estabelecidos com o governo do Estado. “São quase 600 policiais atuando em 1 núcleos. Esses policiais moram dentro da comunidade onde atuam. Isso facilita a prevenção à criminalidade e à violência”, enfatizou.
Presente no seminário, o coordenador da Polícia Comunitária em Alegrete, tenente Rigol apresentou um comparativo dos índices de criminalidade registrados na Cidade Alta e na Zona Leste – as duas regiões de Alegrete que receberam os primeiros núcleos de policiamento em outubro deste ano. Ele comemorou o aumento de prisões e a redução de furtos nas duas áreas. “ Em dois meses, registramos apenas dois furtos. No primeiro semestre, nas duas regiões tivemos 77 furtos, uma média de quase 13 furtos por mês. Desde que começamos o Policiamento Comunitário também não registramos nenhum homicídio”, exemplificou.
Rigol e os soldados que integram o Policiamento Comunitário disseram que a relação direta que se estabelece com a comunidade é uma das maiores virtudes do Programa. A meta deles é ampliar gradativamente o trabalho. “Os núcleos estão funcionando. Estão dando certo. Queremos ampliar para toda cidade”, defendeu Rigol.
O deputado Valdeci parabenizou as autoridades municipais pela decisão de aderirem ao Policiamento Comunitário. “Aqui não houve indecisão. A Prefeitura e as forças de segurança identificaram rapidamente a viabilidade da iniciativa e já estão colhendo os frutos . Na minha cidade, Santa Maria, infelizmente, não se teve ainda a mesma compreensão e o município continua sem contar com núcleos de segurança na periferia, apesar das várias reuniões e contatos feitos junto aos gestores”, comparou.
Valdeci também comprometeu-se a continuar defendendo, através do seu mandato na Assembleia Legislativa, a ampliação dos núcleos e dos municípios cobertos pelo projeto. “Não vamos admitir retrocessos em virtude da mudança de governo. É uma questão de segurança pública”, reforçou.
O vereador Zé Paulo, um dos articuladores para a implantação da Polícia Comunitária em Alegrete, agradeceu o apoio recebido do prefeito Erasmo Silva e da vice-prefeita Preta Mulazzani. “Desde o primeiro momento, a Polícia Comunitária teve o respaldo decidido dos dois e isso é vital para os bons resultados que já se verificam”, considerou.
Rosário – O município de Rosário do Sul esteve representado no Seminário, promovido nessa sexta, em Alegrete, pela presença do comandante do esquadrão da Brigada Militar do município, tenente Oriovaldo Gomes Cardoso, do Sargento Dorneles, e da coordenação do do Gabinete de Gestão Integrada Municipal de Segurança Pública. Em Rosário, está sendo implantado um projeto experimental de policiamento comunitário.