Alento e esperança. Esses foram os sentimentos das dezenas de agricultores familiares presentes em Hulha Negra no ato de anúncio de medidas do Governo Lula para amenizar os efeitos da estiagem no Rio Grande do Sul. Juntamente com a bancada do PT na Assembleia Legislativa, que participou da construção das ações apresentadas, o deputado Valdeci Oliveira recebeu a comitiva de ministros e aproveitou a oportunidade para ouvir as famílias que sofrem com a falta de chuvas. “Neste momento o governo Lula dá mais uma demonstração concreta de que os problemas que afligem a vida do povo brasileirio, caso da estiagem gaúcha, não serão banalizados ou terceirizados. Eles serão tratados de frente, com senso de urgência, com união de esforços e com muita solidariedade”, afirmou Valdeci.
Ao todo, foram garantidos mais de R$ 430 milhões do orçamento da União em medidas que vão desde o fornecimento de água até a liberação de crédito aos produtores. O Ministério do Desenvolvimento Social, por exemplo, fará o repasse emergencial de R$ 2.400 do programa Fomento Rural para mais de 10 mil famílias de agricultores, além da compra de alimentos pelo PAA de agricultores familiares que conseguiram produzir. O ministro Wellington Dias anunciou ainda que, a exemplo de São Paulo e Roraima, será feita a antecipação do calendário do Bolsa Família para as famílias afetadas, trazendo para esta sexta-feira (24) os pagamentos que iriam até terça-feira (28.02).
O deputado Luiz Fernando Mainardi, líder da bancada do PT e morador da Região da Campanha, ressaltou a importância de o Governo Lula apresentar ações efetivas mesmo com apenas 50 dias de mandato. “A cada seca essas famílias ficam se perguntando o que fazer. Nós temos que entender que essa atividade é uma das mais difíceis e muitos tomam a decisão de largar tudo. Por isso, quero endossar os anúncios realizados”. Mainardi também destacou que é preciso valorizar o atual momento do país, sem esquecer o que o Brasil viveu no passado recente com o governo anterior: “temos que olhar para esse passado para não esquecer, mas também olhar para o futuro e trabalhar na elaboração de políticas estruturantes. Estamos buscando a união e a reconstrução do país que queremos”.
Entidades e movimentos sociais ligados à agricultura familiar também elogiaram a iniciativa. Adilson Schuck do Movimento dos Pequenos Agricultores lembrou que a estiagem atinge os mais humildes. “Muito camponês estava resistindo sem suporte nenhum. Por isso, esse ato tem uma simbologia muito forte, principalmente para responder às demandas necessárias”. Adelar Pretto do Movimento Sem-Terra também elogiou as medidas do Governo Federal e aproveitou para cobrar o Governo Estadual que atue de maneira mais efetiva nos efeitos da seca. Cleonice Back, representante da Fetraf, evidenciou a relevância da comitiva de ministros ver de perto a situação: “estou vivendo essa triste realidade da seca. Hoje vocês conseguiram ver a nossa realidade. É importante mantermos o diálogo com o conjunto de entidades e que continue esse processo de negociação”.
O presidente da Unicafes-RS, Gervásio Plucinski,defendeu que a produção de alimentos precisa ser prioridade dos governos. “Produção de alimentos precisa ser prioridade para os nossos governos, agricultores só ficarão no campo se tiver como produzir alimentos. Se quisermos enfrentar a estiagem devemos valorizar a agricultura familiar”.
A atividade contou ainda com a participação das deputadas estaduais Laura Sito e Stela Farias e os deputados estaduais Adão Pretto Filho, Jeferson Fernandes, Leonel Radde, Miguel Rossetto, Pepe Vargas e Zé Nunes, além de representantes da bancada federal do PT do Rio Grande do Sul. Paulo Pimenta da SECOM, Paulo Teixeira do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Wellington Dias do Ministério do Desenvolvimento Social e o presidente da CONAB Edegar Pretto foram alguns dos integrantes da comitiva do Governo Lula. O governador Eduardo Leite também esteve presente no ato