Na sessão plenária realizada na última terça-feira, 25, Valdeci criticou duramente a postura do governador Eduardo Leite em relação à condução – ou a falta desta – do auxílio emergencial gaúcho à população, principalmente aquela que se encontra em aguda situação de vulnerabilidade social e abaixo da linha da pobreza.
Da tribuna do Plenário 20 de Setembro, Valdeci mostrou que a implementação do programa de auxílio emergencial do Estado, aprovado por unanimidade pela Assembleia Legislativa em abril deste ano, tem sido errático, burocrático e ausente de viés social.
Ele afirmou que após audiência pública realizada um dia antes (23/8) pela Comissão de Economia, ficou escancarado para todo o Rio Grande do Sul o precário, lento e inaceitável andamento do programa. “São quase 150 dias que a Assembleia aprovou o projeto e, conforme informações da Secretaria de Assistência Social do Estado, das 8.161 mulheres chefes de família, que tinham prioridade absoluta em receber o benefício, apenas 695 foram contempladas”, criticou. Valdeci, para quem o programa do executivo estadual se caracteriza mais como factóide e marketing pessoal do que realmente uma política de estado, aguarda, desde maio, respostas do governo para uma série de questionamentos encaminhados à Casa Civil por meio de um pedido de informações. “Até hoje nenhuma resposta, o que é um desrespeito com esse parlamento”, apontou durante a audiência pública.
Em sua fala no plenário, o parlamentar disse, ainda, que para as demais categorias abrangidas pelo Programa, foram executados um pouco mais de R$ 12 milhões dos R$ 107 milhões disponíveis para esse fim. “O governo brinca de fazer política social, enquanto muita gente passa fome. Tem muita família que não consegue dar um pedaço de pão para os seus filhos. Intervenha governador! Intervenha pessoal e imediatamente no auxílio emergencial gaúcho, pois até agora a marca deste programa é o fracasso e a decepção. Abandone a campanha eleitoral para presidente e pense em quem está passando fome no estado gaúcho”, apelou Valdeci, deixando claro que a única preocupação de Eduardo Leite neste momento tem sido viajar pelo país atrás de apoio do seu partido para ser o candidato da legenda à disputa a presidente em 2022.
(Com informações de Francis Maia, da Agência de Notícias da ALRS)