Por Valdeci Oliveira –
Nesta sexta-feira, 9 de junho de 2023, terei a honra de recepcionar, em Santa Maria e em Faxinal do Soturno, o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto. Essa, certamente, é a pioneira de muitas visitas que o Edegar – no comando da Conab – deverá realizar aqui na Região Central do Rio Grande, já que o nosso território “dialoga” diretamente com pautas centrais da Conab e do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), comandado pelo ministro Paulo Teixeira, na gestão do presidente Lula, como o incentivo à agricultura familiar e o combate à pobreza e à fome.
Certamente, será muito positivo e produtivo receber “na nossa casa” uma autoridade tão relevante e que chega, inicialmente, com o objetivo de ouvir aqueles e aquelas que diariamente põem a “mão na massa” e garantem comida na nossa mesa todos os dias. O restabelecimento desse canal de escuta e de troca de informações, opiniões, sugestões e reivindicações é por demais necessário e diria até urgente. Lamentavelmente, no passado recente, esse canal, cuja constituição e manutenção deveria ser uma obrigação de todo e qualquer gestor, foi praticamente implodido.
O governo federal adotou a política do “Diálogo Mínimo”, quase zero, com os trabalhadores do campo e da cidade, o que resultou em um retrocesso muito grave para o setor. Que bom que esse período obscuro acabou e que novamente os nossos pequenos produtores terão os seus entraves escutados e, mais do que isso, reverberados e encaminhados nos corredores e gabinetes de Brasília.
Tanto em Santa Maria como em Faxinal, Edegar vai conversar olho no olho – e com um bom mate na mão – com representantes de um conjunto de cooperativas, conselhos e entidades – como o Projeto Esperança/Cooesperança, a Camnpal, o Comsea, a Coopercedro, a Cresol, entre outras -, que já realizam ações extraordinárias na área da produção de alimentos e na geração de trabalho e renda.
Mas esses atores podem e devem, com o apoio do governo federal e de outros entes, potencializar ainda mais as suas atuações. É isso que estará na pauta, no centro das tratativas. O diálogo será nesta sexta-feira e vai se desdobrar nas próximas semanas e meses. Mas de antemão, eu já cravo: os nossos agricultores familiares e as lideranças do setor terão, na Conab, no Ministério de Desenvolvimento Agrário, e em todos os setores do governo federal aliados de primeira hora para crescerem e se desenvolverem.
E digo isso baseado naquilo que já está acontecendo e que todos e todas estão vendo: o Conselho Nacional de Segurança Alimentar – desmantelado e extinto pelo governo Bolsonaro – foi recriado; o Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar (PAA) voltou; o novo Bolsa Família – no valor de R$ 600 e com adicional de R$ 150 por criança de zero a seis anos – já está ativo e operante; o Rio Grande do Sul foi contemplado com R$ 430 milhões para o enfrentamento aos efeitos da estiagem; o crédito rural aumentou; e as relações com a Europa e a China, fundamentais para nossa agropecuária, foram “descongeladas” e retomadas; entre outras medidas.
Há muito ainda o que fazer, mas a caminhada agora tem direção, respaldo político e gente extremamente comprometida – caso do Edegar, dos ministros Paulo Teixeira e Paulo Pimenta e do próprio presidente Lula – a dar passos para a frente, para um futuro de mais inclusão, renda e oportunidades.
O Brasil (e o mundo) precisa muito do setor primário, como um todo, e o governo federal não esconderá a sua mão e os seus braços. Pelo contrário, vai estendê-los com altivez e vigor. E o nosso mandato parlamentar, na Assembleia Legislativa do RS, estará acompanhando tudo, de muito perto, para ajudar a construir pontes, a intermediar relações e, sim, a fazer pressão, quando necessário for. O Brasil voltou, e junto voltou a atenção e o respeito com quem produz, seja em grande, média ou larga escala.
Por tudo isso, seja muito bem-vindo à Região Central do Rio Grande, amigo Edegar Pretto!