Por Valdeci Oliveira –
Após a última eleição, parcela significativa da população respirou aliviada. E não apenas por seu candidato ter se consagrado vitorioso – muitos, inclusive, o tinham como segunda opção. A razão residia no fato de que, a partir daquele momento, com as “costuras” e articulações políticas necessárias, o país novamente teria a chance de voltar a ser isso, um país. E não um local conflagrado, polarizado, onde o discurso belicoso e os tensionamentos diários eram apresentados à população como se normal fosse.
O recado dado nas urnas era de que o Brasil, com seus diferentes interesses regionais, deveria trilhar o caminho do diálogo, onde a arena política não mais fosse palco de ataques, mas do restabelecimento das relações civilizadas, democráticas e republicanas.
E nesses quase sete meses, mesmo diante de sérios solavancos – principalmente sobre a ordem democrática -, o governo do presidente Lula, numa espécie de concertação civilizatória, em que a convivência entre diferentes se faz respeitada, tem apresentado uma série de ações que dialogam diretamente com a vida do povo, tendo à frente importantes políticas públicas, orçamentos recuperados e apoio aos estados concretamente efetivados. E como não poderia deixar de ser, o Rio Grande do Sul – e o município de Santa Maria em particular – está inserido nesta volta à vida normal a que temos direito.
A estiagem, que passou a fazer parte da nossa realidade, foi uma das primeiras frentes a ser encarada com a vinda ao estado de ministros cujas pastas têm incidência direta no atendimento e busca por soluções. Para a mitigação dos efeitos da seca gaúcha, foram direcionados R$ 430 milhões para a abertura de poços artesianos, construção de açudes, reconstrução de infraestrutura, distribuição de água, compra de cestas básicas, combustível e auxílio às famílias de baixa renda cadastradas no programa Fomento Rural. Santa Maria teve à disposição mais de R$ RS 424 mil para o aluguel de caminhões-pipa e compra de kits de alimentação, beneficiando mais de 260 mil pessoas.
Para a moradia, cujos orçamentos foram drasticamente reduzidos nos últimos anos, estão sendo retomadas mais de 3 mil obras do Minha Casa, Minha Vida no estado. Em menos de seis meses, 446 unidades foram entregues, beneficiando mais de 1,7 mil pessoas. Aqui em Santa Maria – onde a última vez que isso ocorreu tem sete anos -, foi aprovada a construção de 500 apartamentos numa área próxima à Avenida Osvaldo Cruz, no Bairro Km 3.
No caso do piso salarial da enfermagem, foram destinados R$ 7,3 bi a estados e municípios honrarem o pagamento de um contingente de 2,8 milhões de homens e mulheres. O RS foi contemplado com nove parcelas de R$ 13,4 milhões, totalizando R$ 120,3 milhões. A Região Central receberá R$ 9 milhões, com Santa Maria tendo direito a R$ 2,1 milhões.
O Bolsa Família foi outro retorno comemorado. Mais de 600 mil famílias – nos 497 municípios gaúchos – estão, desde janeiro, sendo beneficiadas com um valor médio de R$ 676. Em março, houve o adicional de R$ 150 a famílias com crianças de até 6 anos; em junho, foram agregados R$ 50 por gestante, por criança de 7 a 12 anos e por adolescente de 12 a 18 anos. Só no mês passado, mais de R$ 10 milhões circularam na economia de Santa Maria por conta do programa, com valor médio de R$ 716 por família (14,7 mil beneficiadas).
A educação foi outro segmento atendido pelas políticas públicas dentro desse cenário de retomada. Com a recomposição de R$ 2,4 bilhões ao orçamento de universidades e institutos federais, confirmada em abril deste ano, a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) – que produz forte impacto na economia local – foi atendida com R$ 32 milhões, canalizados para investimentos, ao Plano Nacional de Assistência Estudantil e à manutenção da instituição.
As entidades que complementam o SUS em Santa Maria – Hospital Casa de Saúde, a APAE e o Hospital de Caridade Astrogildo de Azevedo – receberam R$ 1,2 milhão e integram a lista de 347 unidades de saúde gaúchas com acesso a R$ 209 milhões. No Brasil, o total ficou perto de R$ 2 bi. Já com o Mais Médicos, o RS contará com um reforço de 552 profissionais, e Santa Maria e a Região Central estão contempladas.
A “presença” do governo do presidente Lula em Santa Maria também – nesse curto espaço de tempo – pode ser observada com a inclusão da Travessia Urbana (obra gigante de infraestrutura que começou com a presidenta Dilma, em 2014, e que está em fase de conclusão), na lista das obras federais prioritárias no RS; a Lei Paulo Gustavo, canalizando R$ 2,2 milhões para projetos culturais, e a forte possibilidade de a cidade conquistar um campus do Instituto Federal Farroupilha, dentro do plano de expansão da rede de educação federal no Brasil.
Como vemos, o governo Lula 3, que começou a operar em janeiro, faz bem a Santa Maria, ao RS e ao Brasil. A caminhada continua, e vem mais avanços pela frente!