É digno de comemoração efusiva o salto econômico gaúcho registrado em 2013. Os índices mensurados pela Fundação de Economia e Estatística (FEE) do RS e divulgados amplamente pelos veículos de comunicação informam que o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado no ano passado é 5,8% maior do que no acumulado de 2012. Isso permite aos gaúchos e as gaúchas afirmarem que vivem no estado brasileiro que mais cresceu em 2013. Paraná, Ceará e Bahia foram os que mais se aproximaram do índice gaúcho. As economias de São Paulo e Minas Gerais ficaram bem atrás e expandiram, respectivamente, 1,7% e 0,6% no período.
Nos 12 meses do ano passado, o Rio Grande avançou, inclusive, quase três vezes mais que o Brasil e, em escala global, só cresceu menos que a China. O percentual de expansão é o maior já registrado aqui desde 1996, quando começou a ser realizado o comparativo do PIB estadual com a média nacional. Essa salutar matemática não para por aí: o número de empregos com carteira assinada gerado no território gaúcho em fevereiro foi o maior dos últimos 11 anos. A Região Metropolitana de Porto Alegre é, entre todas as regiões metropolitanas do país, a que apresenta hoje menor índice de desemprego. A Copa do Mundo, que chega daqui a três meses, vem para gerar ainda mais receita, investimentos e oportunidades. O retorno previsto é de mais de R$ 90 milhões em ICMS para o Estado. Sem contar os milhares de empregos temporários que serão gerados.
Diante desse contexto, reforço e reproduzo as recentes palavras do secretário estadual do Desenvolvimento, Mauro Knijnik, que afirmou que “nesse novo tempo de desenvolvimento, o Rio Grande do Sul não fica mais parado. Age e sabe o que faz”. E o saber agir significa avançar na constituição do polo naval e do parque eólico, na criação do polo espacial, na atração de investimentos públicos e privados, na expansão do Programa de Parques Tecnológicos, no apoio aos Arranjos Produtivos Locais (APLs) e na oferta recorde de crédito, através de instituições como o Badesul, o BRDE e o Banrisul. O Rio Grande do emprego e do crescimento mantém na agenda o compromisso histórico com seu sustentáculo econômico, que é o setor rural, e, ao mesmo tempo, investe pesado em inovação, em conhecimento e na diversificação da sua política industrial.
Fortalecendo a análise do secretário Knijnik, acrescento que o Rio Grande começa a experimentar os benefícios de ter quebrado um cenário prejudicial de isolamento e de reclusão. Caminhar de costas e sozinho é, além de difícil, perigoso. Hoje o Rio Grande está mais perto do Brasil, mais perto dos países vizinhos e não vizinhos e, consequentemente, mais perto da solução dos problemas, que ainda são muitos e, por isso, precisam ser enfrentados com parcerias sólidas e criativas.
*Artigo do deputado Valdeci Oliveira publicado no Jornal A Razão em 20/03/2014