A Feira Agroecológica da Assembleia Legislativa – a primeira de alimentos e produtos orgânicos no centro de Porto Alegre – retomará, nesta quarta-feira (16), o atendimento ao público em seu local de origem, a entrada principal do Parlamento gaúcho, junto à Praça Marechal Deodoro. Nos últimos meses, depois de permanecer mais de um ano e meio com as atividades suspensas em razão da pandemia da covid-19, a Feira funcionou junto ao estacionamento do prédio Anexo do Palácio Farroupilha, cujo acesso ocorre pela Rua Duque de Caxias, 920.
A reivindicação pelo retorno ao ponto onde o espaço foi criado foi apresentada ao presidente do Legislativo gaúcho, deputado Valdeci Oliveira (PT), pelas entidades dos pequenos produtores rurais vinculados à agricultura familiar e assentamentos que integram a exposição, durante reunião realizada na Assembleia Legislativa, na semana passada. Implementada na gestão do deputado Edegar Pretto (PT), em outubro de 2017, a Feira reúne agricultores da Zona Sul de Porto Alegre, do município de Nova Santa Rita e do Litoral Norte do estado.
No total, são dez grupos que se revezam nos pequenos estandes, uma vez por semana, às quartas-feiras, das 10h30 às 17h30. “A mudança de local havia sido aceita pelos produtores, mas no decorrer do tempo se mostrou inviável. Na vida prática, houve uma queda bruta na capacidade de venda por conta do baixo fluxo de circulação de pessoas, inviabilizando a vinda deles ao Centro Histórico”, explicou Juliano de Sá, presidente do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional do Rio Grande do Sul (Consea/RS), articulador e apoiador da medida.
“Atendemos uma reivindicação justa e legítima. A continuidade da Feira estava em risco, assim como a subsistência de algumas das famílias que a integram. Além disso, ela é uma opção importante para os moradores do Centro Histórico que buscam alternativas de compra para uma vida saudável, levando para suas mesas uma variedade de alimentos produzidos a partir de critérios que respeitam o meio ambiente e a saúde humana”, avaliou Valdeci.
O presidente do Legislativo também destacou a segurança do que é comercializado no local, uma vez que os produtores são vinculados a entidades certficadoras (para a produção agroecológica) reconhecidas pelo Ministério da Agricultura, entre elas a Associação de Produtores da Rede Agroecológica Metropolitana (RAMA), a Cooperativa Central dos Assentamentos do RS (COCEARGS), a Opac Litoral Norte e a Rede Ecovida de Agroecologia, a mais antiga do estado.