O deputado Valdeci Oliveira (PT), articulou nesta quarta-feira, 3, a antecipação da audiência pública para debater a proliferação e o enfrentamento à dengue no estado. O encontro está marcado para o dia 24 de maio, às 10 horas, na Assembleia Legislativa, em Porto Alegre, e será realizado de forma presencial e remota. O requerimento para sua realização foi apresentado pelo parlamentar à Comissão de Saúde e de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa (CSMA) e aprovado por unanimidade na segunda quinzena de abril. Devido às atividades já agendadas previamente no colegiado, a audiência sobre a dengue iria ocorrer em junho. “O aumento e recrudescimento da doença, que vem resultando no aumento das internações e óbitos no estado, requer que o tema seja debatido o mais rápido possível. Remanejamos alguns compromissos e conseguimos adiantar a data”, explicou Valdeci, que integra a CSMA titular desde seu primeiro mandato, nos anos 2010.
Ao solicitar a urgência para o tema, Valdeci chamou a atenção para a escala ascendente da dengue na Região Central, principalmente em Santa Maria, que registrou o primeiro óbito no início da semana. O surto de dengue já contabiliza quase três centenas de casos na cidade e mais de 460 em investigação. No RS, já são 16 pessoas que perderam a vida e mais de 9 mil registros de pessoas infectadas. “São números significativos, inclusive em regiões que não tinham incidência alta de dengue nos surtos que presenciamos nos últimos três anos. Trata-se de uma situação preocupante e que tende a agravar”, sustentou o parlamentar, que vem cobrando ações efetivas do governo do estado.
Comitês de mobilização e fiscalização
Há seis anos, Valdeci teve transformado em lei seu projeto prevendo a criação de comitês municipais de mobilização, fiscalização e prevenção à doença, no âmbito do RS, com a finalidade de constituir uma rede de mobilização social para prevenir a dengue no território gaúcho. Desde então, se cumprida a lei, o governo estadual deveria ter promovido meios para a criação dos respectivos comitês, que seriam organizados de acordo com a necessidade de cada Região e teriam como finalidade a coordenação de ações regionais e estaduais, além de reunir esforços na erradicação do mosquito transmissor, o Aedes Aegypti.