Valdeci reforça protesto de pacientes com doenças raras, em Porto Alegre

Usuários de remédios ofertados pelo estado e familiares de pacientes com doenças raras realizaram, no início da tarde desta quinta-feira (6), um protesto em frente a Farmácia de Medicamentos Especiais, localizada no centro de Porto Alegre. O que levou os manifestantes, incluindo diversos cadeirantes, a realizar o ato foi a falta de alguns medicamentos utilizados em seus tratamentos, cuja maioria não pode ter sua interrupção, pois correm o risco de ter seu estado de saúde agravado ou a necessidade de reinício do recurso terapêutico. “Um verdadeiro absurdo, uma injustiça contra aqueles que mais precisam do apoio do poder público para continuar vivendo ou ter um mínimo de qualidade de vida”, protestou o deputado Valdeci Oliveira, que participou do ato.

O parlamentar, membro efetivo da Comissão de Saúde e Meio Ambiente (CSMA) da Assembleia Legislativa, anunciou que, na próxima quarta-feira (12), dia em que a CSMA realiza reuniões ordinárias, irá protocolar um requerimento solicitando explicações junto aos órgãos públicos responsáveis. O objetivo é buscar uma solução para os problemas vivenciados pelas pessoas que dependem da Farmácia de Medicamentos Especiais. “Por meio da CSMA, vamos cobrar e exigir da prefeitura de Porto Alegre e da secretaria Estadual da Saúde uma solução imediata para esse problema. Se trata da vida de pessoas que dependem única e exclusivamente do fornecimento de remédios pelo estado para continuar vivendo”, afirmou Valdeci, acrescentando que também serão convidados representantes do Ministério Público e dos conselhos Municipal e Estadual de Saúde e do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Comdepa).

“Além da carência de medicamentos, os cadeirantes não têm acesso ao prédio por conta de que há somente escadas na entrada. Eles são atendidos na rua, em meio a dezenas de pessoas que circulam por ali”, protestou o parlamentar, lembrando que a construção de uma rampa de acessibilidade foi um dos pontos deliberados na audiência pública realizada no mês passado que debateu o diagnóstico e tratamento de pacientes de doenças raras no estado.

Segundo Nelson Kalil, do Comdepa, um dos participantes do protesto, não bastasse a falta de remédios há também sérios problemas de gestão. “Muitos dos medicamentos solicitados estão no depósito aguardando distribuição”, explicou.