Na manhã deste sábado (31), no campus da UFSM, o governador Tarso Genro e o ministro do do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, vão entregar motoniveladoras e caminhões-caçamba para mais de uma centena de municípios gaúchos que registram uma população de até 50 mil habitantes. Da Região Centro, 32 prefeituras vão receber esse apoio essencial para o atendimento de demandas na área da infraestrutura urbana e rural.
É preciso sublinhar, porém, que essa iniciativa não é nova. Representa apenas mais uma etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), política do governo federal lançada na gestão do ex-presidente Lula. Desde o seu surgimento, o PAC vem trazendo inúmeros benefícios para o Rio Grande do Sul, e, em especial, para Santa Maria e região. Dentre essas iniciativas – a maioria voltada para as áreas da pavimentação, saneamento, meio ambiente e habitação – a entrega de máquinas, apesar de muito relevante para os municípios, está longe de ser a principal.
A relação do PAC com Santa Maria começou em 2007, mesmo ano que o programa foi instituído em nível nacional, quando a cidade, a partir de um qualificado trabalho de articulação política, captação de recursos e de elaboração de projetos, foi contemplada com uma verba de mais de R$ 150 milhões. Isso viabilizou obras que há muito tempo estavam reprimidas na periferia local. Foi através desse recurso que empreendimentos estruturantes, como a urbanização do bairro Nova Santa Marta, a criação do Loteamento Cipriano Rocha e a Avenida Dom Ivo Lorscheiter, saíram do papel. E a cidade ainda tem um conjunto de obras com o selo do PAC – o qual já conta com recursos liberados – que precisa ter o seu início agilizado pelos gestores locais.
Saindo de Santa Maria e vislumbrando a região, a presença do PAC também é nítida. A famosa Faixa de Rosário, a BR-158, estava completamente abandonada até o governo do presidente Lula. Com o PAC, foi possível investir mais de R$ 100 milhões nesta ação e concluir a obra, num trabalho que contou com a dedicação firme do deputado federal Paulo Pimenta. O asfaltamento criou um novo elo entre o Centro do Estado, a Fronteira Oeste e o Mercosul.
O bom é que o programa federal tem muito mais a oferecer para a cidade e para a região. A construção da BR-392, entre Santa Maria e Santo Ângelo, já foi anunciada pela presidenta Dilma e um projeto ainda mais contundente e transformador está perto de começar: a execução da Travessia Urbana – obra que vai redesenhar o acesso a Santa Maria com a duplicação de 14,5 quilômetros das BRs 158 e 287 e a construção de, pelo menos, 19 viadutos.
Antes que alguém de fora reclame, avisamos: hoje, há 30 mil obras em andamento do programa em todo o país, não apenas na nossa região e no Rio Grande do Sul. Esse volume não se deve apenas à extensão territorial do Brasil, mas muito pelo fato do país ter passado praticamente três décadas sem contar com políticas públicas permanentes voltadas para a logística. Portanto, todo apoio ao PAC na recuperação do tempo perdido e na aceleração do desenvolvimento.