Em discurso forte, Valdeci enaltece Feicoop e cobra incentivo estadual para economia solidária

Na manifestação que realizou durante a abertura oficial da 26ª Feira Internacional do Cooperativismo, na noite de sexta-feira (12/7), em Santa Maria o deputado estadual Valdeci Oliveira fez mais do que um resgate da trajetória do evento – que surgiu pequeno e sem estrutura – e do seu vínculo histórico com a Feicoop. Ao lado do ex-governador Olívio Dutra, um dos grandes incentivadores do setor no Rio Grande do Sul, Valdeci cobrou forte do governo do Estado que retome as políticas públicas voltadas para a economia solidária, as quais, atualmente, praticamente não existem mais. “É verdade que há problemas financeiros, mas eu não consigo entender como o Estado do Rio Grande do Sul, que dá bilhões e bilhões de incentivo fiscal a grandes empresas tenha zero incentivo para a economia solidária”, disparou.
Ele afirmou, inclusive, que, na Assembleia Legislativa, um grupo de deputados de diferentes partidos luta para tentar conscientizar a gestão atual do Palácio Piratini sobre isso. “O governo do Estado tem que compreender que a economia solidária não compete com o grande negócio. Ela é uma alternativa fundamental de geração de trabalho e renda. O Estado tem participar e incentivar, sim. O Estado tem que participar e incentivar de alguma forma todas as políticas públicas que promovam a inclusão social, e a economia solidária é uma política que atende uma grande leva de pessoas que precisam de apoio do Poder Público”.
O deputado também conclamou as pessoas e, principalmente, as lideranças santa-marienses a se unirem em torno da continuidade e da ampliação da Feicoop. Para isso, lembrou do grande número de visitantes, inclusive de fora do país, que o evento atrai anualmente. “A Feira da Economia Solidária é o maior evento de todos os tempos dessa cidade. Não tem nenhum outro evento que leva tanto o nome de Santa Maria para os quatro cantos do mundo . Qualquer cidade do país e de fora do país gostaria de sediar uma feira do tamanho e da importância da Feicoop. Pelo que essa Feira representa para a cidade, nós não podemos aceitar nenhum retrocesso. A Feira do ano que vem tem que ser ainda mais forte. Eu não quero ver, em 2020, a Irmã Lourdes Dill (organizadora da Feicoop) tão angustiada como esteve nesse ano”, afirmou.