Coordenador do Santa Maria Vídeo e Cinema busca apoios para o festival

Valdeci e seu chefe de gabinete, Genil Pavan, receberam Cassol na Assembleia Legislativa
Valdeci e seu chefe de gabinete, Genil Pavan, receberam Cassol na Assembleia Legislativa

O Festival Santa Maria Vídeo e Cinema (SMVC) chegará a sua 12ª edição neste ano com a marca de ter transformado uma cidade do interior do país em uma referência no País e no Mercosul em matéria de democratização da produção audiovisual. Desde a sua primeira edição, em 2001, o festival priorizou o acesso do público ao cinema, com exibições gratuitas e muitos debates. Ao longo de sua trajetória, o evento santa-mariense se tornou o palco do Seminário Gaúcho de Cinema, do Fórum Entre Fronteiras, de dois Encontros Ibero-Americano de Cineclubes, de duas Pré-Jornadas e de uma Jornada Nacional de Cineclubes Brasileiros.

Mesmo com essa folha de serviços prestados à área da cultura, o Festival passa por uma fase de reestruturação. Isso já começou a se tornar realidade no final de 2013, quando foi realizado a I Mostra Internacional de Cinema em Santa Maria, pelo mesmo grupo que organiza o SMVC. A ideia, a partir de agora, é promover o Festival no primeiro semestre e a Mostra no finais de ano.

Preocupado com o risco de precarização ou, até mesmo, de interrupção do Santa Maria Vídeo e Cinema, o seu coordenador geral, Luiz Alberto Cassol, está a procura de parceiros. Em reunião com o deputado estadual Valdeci Oliveira (PT), em Porto Alegre, nesta semana, Cassol expôs o cenário de dificuldades e pediu o apoio institucional do gabinete do deputado. “O Festival foi idealizado e criado na primeira gestão do Valdeci como prefeito. Na época, o município se engajou fortemente no apoio ao evento e isso foi fundamental para chegarmos ao patamar de respeito que adquirimos. Não queremos retroceder no nível de qualidade e de democratização que atingimos”, explicou Cassol.

O coordenador explicou que, além de uma sala de exibição, como o Cineclube Lanterninha Aurélio, da estrutura da Cooperativa dos Estudantes de Santa Maria (CESMA) e da exibição pela web, é fundamental que o evento retorne à Praça Saldanha Marinho, uma das marcas do Festival. “Isso possibilitava o acesso democrático e plural do público a uma série de atividades programadas e ao debate com os realizadores e homenageados”.

Para Valdeci, Santa Maria não pode abrir mão de uma marca cultural como o Festival. “Temos que batalhar é pela ampliação cada vez maior do Festival. Santa Maria ganhou uma grande janela de divulgação nacional e internacional e este espaço tem que continuar aberto e democrático”, considerou.

O deputado colocou o seu gabinete parlamentar à disposição para auxiliar na busca de apoios para a edição 2014. “Tenho convicção que, mesmo com as barreiras existentes, os organizadores terão êxito. O reconhecimento nacional ao evento é muito forte, assim como a vocação de Santa Maria para o cinema e o cineclubismo”, explicou.

Conforme Cassol, a CESMA é um apoiador confirmado do 12ª SMVC, fato que já ocorreu nas edições anteriores. A Universidade Federal (UFSM) e a Associação dos Professores Universitários (APUSM) – que, em dezembro passado, foram parcerias da I Mostra Internacional de Cinema realizada em Santa Maria, também serão contatadas.