Eu já perdi as contas de quantas vezes a presidenta Dilma Rousseff desembarcou no Rio Grande do Sul desde 2011, quando tomou posse no mais alto cargo do país. Se fizermos a proporção do tempo que está no Palácio do Planalto, verificaremos, sem dúvida, que ela é a chefe de Estado mais presente no Rio Grande em toda a história. Mais até do que o presidente Lula, que veio bastante aqui. E é importante registrar que Dilma não vem apenas para fazer reuniões burocráticas com autoridades ou para visitar parentes e amigos gaúchos. Ela vem para concretamente anunciar programas, investimentos e ações federais de impacto. Nesta última visita, registrada há poucos dias, ela mais uma vez trouxe anúncios relevantes. Desta vez, confirmou a construção de uma das obras mais esperadas para a mobilidade urbana da capital de todos os gaúchos, que é o metrô de Porto Alegre. Mesmo se tratando de uma ação tecnicamente complexa e que exige muitos recursos, a presidenta deu “sinal verde” para o metrô após fechar uma parceria com o governo do Estado e com a prefeitura de Porto Alegre. Será um investimento público de quase quatro bilhões, que será compartilhado pelas três esferas de poder.
Nesta mesma vinda ao Rio Grande, cabe destacar, a presidenta também fez outro anúncio importante que acabou o fuscado pela notícia do metrô: 57 cidades gaúchas foram contempladas com máquinas motoniveladoras através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). Os equipamentos destinam-se a recuperação das abundantes estradas vicinais do interior. O objetivo maior do repasse dessas máquinas é estimular a permanência do agricultor no campo ao garantir melhores condições de vida e de trabalho. Entre as cidades beneficiadas com motoniveladoras federais, nove são da região Central: Capão do Cipó, Faxinal do Soturno, Jaguari, Jari, Júlio de Castilhos, Pinhal Grande, Quevedos, São Francisco de Assis e Tupanciretã.
A região Centro do Estado também será endereço de outro investimento valioso do governo Dilma, que é a construção da BR-392, entre Santa Maria e Santo Ângelo. A obra, orçada em R$ 1,6 bilhão, vai encurtar significativamente o caminho de boa parte da safra agrícola gaúcha até o Porto de Rio Grande. Na semana passada, estivemos em Brasília, junto com os vereadores João Kaus (PMDB), Luciano Guerra (PT) e Marta Zanella (PMDB), e fizemos uma audiência com o deputado federal Paulo Pimenta (PT) e com a gerente de projetos do DNIT, Marinez Chiele, sobre o tema. Lá, recebemos a informação que a licitação da obra – a qual se dará pelo Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC) – está prevista para ocorrer no segundo semestre de 2014 e a expectativa é assinar a ordem de início no primeiro semestre de 2015. Ou seja, Santa Maria e a região Centro do Estado farão parte de um corredor de transporte continental, interligando Brasil, Argentina e Chile, o que trará dividendos econômicos e logísticos fantásticos para a nossa comunidade e para o estado como um todo.
Que a presidenta Dilma e o seu governo continuem olhando com carinho paras as demandas do Rio Grande do Sul e das suas regiões mais carentes. Durante anos e até décadas ficamos de costas para o Brasil, mas, já há algum tempo, mostramos que é possível recuperar o tempo perdido e crescer junto com o país.
*Artigo do deputado Valdeci Oliveira publicado no Jornal A Razão em 17/10/2013