Situação dos servidores do IGP será tratada pela Comissão de Saúde da Assembleia

Órgão responsável por realizar as perícias criminais no Rio Grande do Sul, o Instituto-Geral de Perícias (IGP) poderá ter parte das suas atividades interrompidas no interior devido à falta de pessoal. A possibilidade foi admitida pelo diretor do Departamento de Pericias do Interior, Marco Antonio Cúrcio, em reunião, nessa quinta (10), com o deputado estadual Valdeci Oliveira (PT). De acordo com Cúrcio, atualmente, o órgão atua com apenas 35% do seu efetivo. “Em Passo Fundo, há uma demanda de 800 perícias da área ambiental. Em Erechim, há apenas um médico-legista. Em Santa Maria, há quatro, quando deveriam ter sete. Em várias cidades gaúchas, estão se encerrando as atividades devido à sobrecarga de serviços e ao déficit de profissionais”, exemplifica o diretor.

Ao tomar conhecimento dessas informações e das consequências dessa situação para os servidores e para a população, o deputado propôs a realização de uma audiência pública sobre o tema junto à Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa. “Vou protocolar imediatamente um requerimento nesse sentido. O desgaste provocado pelo acúmulo de trabalho atinge diretamente a saúde dos servidores e, por consequência, a sociedade em geral, que, logo ali adiante, vai perder ainda mais profissionais por doenças ou estafa. É necessário repor minimamente o quadro de pessoal. O desmonte do IGP coloca em xeque as investigações de crimes. É um assunto muito sério”.

A intenção de Valdeci é colocar o requerimento de audiência pública sobre o IGP na pauta da próxima reunião da Comissão de Saúde, a qual vai ocorrer quarta-feira (16), às 9h. “Acredito que os demais integrantes da Comissão serão sensíveis a esse tema e vão aprovar a realização desse debate na Assembleia Legislativa”, destacou. (texto e foto: Tiago Machado)