Hidrovia Ibicuí-Jacuí é discutida em Porto Alegre

20130415_Hidrovia Ibicuí-JacuíUnir as bacias hidrográficas dos rios Ibicuí e Jacuí e criar uma nova alternativa de desenvolvimento para o Rio Grande do Sul e, em especial, para as regiões Central e Fronteira Oeste do Estado. Com este objetivo, o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Valdeci Oliveira (PT), realizou uma audiência, em Porto Alegre, nesta segunda (15), com o presidente da Agência de Desenvolvimento de Santa Maria (ADESM), Vilson Serro. Conforme Serro, a criação da Hidrovia Ibicuí-Jacuí, interligando os cerca de 200 quilômetros que separam as cidades de Cacequi e Cachoeira do Sul, representaria um grande incentivo para o escoamento da safra agrícola e para redução dos custos de produção. “ Se for viabilizada esta hidrovia, o custo do transporte de cargas em praticamente toda a região Central do Estado e também na Fronteira-Oeste será reduzido significativamente”, explicou Serro.

O deputado Valdeci manifestou apoio total à iniciativa e se comprometeu em tratar do tema diretamente com o superintendente da Administração das Hidrovias do Sul (AHSUL), José Luiz de Azambuja, nos próximos dias. A pedido da ADESM, Valdeci vai solicitar a AHSUL, órgão vinculado ao Ministério dos Transportes, que inclua a ligação Ibicuí-Jacuí no Estudo de Viabilidade Técnica Econômica e Ambiental da Hidrovia Brasil-Uruguai, que está sendo realizado no Estado pela empresa Ecoplan, contratada pelo governo federal. Somente para viabilizar a parte brasileira da hidrovia com o Uruguai, há R$ 217 milhões previstos no orçamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). “Temos que apostar forte no transporte hidroviário para gradativamente desafogar nossas estradas e também reduzir o custo RS. Dentro desta meta, a ligação entre entre as duas bacias localizadas na região Centro é uma possibilidade que tem de ser levada em conta pelo governo federal”, disse Valdeci.

Dentro do mesmo tema, o presidente da ADESM também se reuniu em Porto Alegre com o engenheiro Daniel Lena Souto, da Ecoplan. “A lógica do setor de transportes recomenda que para trechos curtos seja utilizado o modal rodoviário, o ferroviário em trechos de média distância e o hidroviário em longas distâncias. Há muitos anos vem acontecendo o contrário no país. Temos que corrigir isso”, explicou Serro.