Em coletiva, Valdeci divulga e lamenta respostas do governo do Estado sobre Hospital Regional

Em uma entrevista coletiva aos veículos de comunicação de Santa Maria, nessa segunda (15), o deputado estadual Valdeci Oliveira (PT) divulgou na íntegra a resposta do governo do Estado ao pedido de informações sobre Hospital Regional encaminhado por ele no dia 12 de abril.  Protocolado na Casa Civil, o pedido de informações foi avalizado pelo presidente da Assembleia Legislativa, Edegar Pretto, e continha 22 perguntas, as quais abordavam a previsão de abertura do hospital, o sistema de gestão, o processo de compra de equipamentos para o complexo de saúde, entre outras questões. “A principal cobrança da comunidade que é a data de abertura do Regional não tem qualquer previsão. A resposta do Executivo a essa indagação foi simplesmente a declaração ´sem prazo definido´”, informou o deputado.

A lacônica frase “ainda não foi definido” também foi utilizada para responder as perguntas sobre a estimativa de tempo para que o hospital esteja totalmente equipado e o investimento necessário para compra de equipamentos. Em outra parte do documento oficial do Estado, nova informação preocupante: nenhum contrato foi assinado com os grupos  Sírio Libanês, Moinhos de Vento e Mãe de Deus, o que deixa uma incógnita sobre a gestão do Regional. “Em outubro do ano passado, na véspera do segundo turno das eleições de Santa Maria, se anunciou a gestão do Regional a partir desse trio de instituições. Desde lá, passados sete meses, nenhum papel foi assinado, nenhum contrato formal foi estabelecido. Isso é muito preocupante”, reforçou Valdeci.

O que também chamou a atenção de Valdeci foi a resposta dada ao item sete do pedido de informações, que trata das providências que ainda precisam ser feitas para garantir a abertura. Dessa vez, a resposta não foi econômica. Foram detalhados uma série de providências pendentes, entre elas a regularização do Licenciamento Ambiental junto à FEPAM e do Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios (PPCI). Também, de acordo com o ofício,  não foi feita ainda a instalação de um sistema para o monitoramento de energia,  e a área física necessita de adequações em função de determinações da Vigilância Sanitária e de problemas constatados na execução da obra. Sequer existem, conforme consta no texto do ofício – que leva as assinaturas do Chefe da Casa Civil, Fábio Branco, e do secretário estadual da Saúde, João Gabbardo – definições sobre o modelo assistencial, sobre a instituição gestora e sobre a equipagem do hospital.  “Fica nítido que o Hospital Regional está no limbo, está travado. Há um oceano de interrogações e de incertezas. Até a obra já carece de reparos. Parece que fomos enrolados durante meses. No meio de tudo isso, há uma comunidade completamente carente de leitos hospitalares”, disparou Valdeci.

Para ampliar a gravidade do tema, o documento também não esclarece o percentual de atendimentos que serão realizados pelo SUS e por convênios. Mais uma vez a frase explicativa utilizada é “ainda não foi definido”.  “Se a comunidade não se mobilizar e não cobrar, esse hospital vai levar muito tempo para abrir suas portas. Eu vou entregar esse documento ao Fórum das Entidades Empresariais, à Prefeitura, à Câmara Municipal, ao Conselho Municipal de Saúde, ao Conselho Estadual de Saúde e ao Ministério Público. Um tema tão sério como esse não pode ser tratado dessa forma, como se fosse uma brincadeira”, acrescentou Valdeci.

No final da entrevista coletiva, Valdeci entregou a cada veículo de comunicação uma cópia das perguntas e das respostas dadas ao pedido de informações do Hospital Regional. (texto: Tiago Machado –  fotos: Christiano Ercolani)